Trata-se da maior reserva de minério de ferro conhecida do mundo!! Se localiza no estado do Pará e é explorada pela Cia. Vale do Rio Doce desde 1979. É assunto que sempre cai no vestibular pessoal...
Pois então, extração mineral e preservação não são sinônimos, mas o pessoal dessa área encontrou uma maneira de nos deixar felizes, coisa linda, pra inglês ver* e se admirar.
O processo, explicando de modo bem simplista, é este: localiza-se o minério, derruba-se toda a vegetação da região e retira o minério. Logo, resta um buraco. A solução: enchem o buraco de terra, plantam-se mudas no local e... está pronto!!
Isso mesmo, uma maravilhosa área recuperada, respeito ao meio ambiente!
O problema é que essas áreas não são apenas constituídas pelas enormes castanheiras e outras espécies nativas. Como ficam os animais que residem nessas áreas? E as pequenas espécies não apenas animais, mas também vegetais, muitas espécies que sequer foram catalogadas?
Acho que o Brasil paga um preço muito caro por esse minério explorado, se levarmos em conta a riqueza que se perde em biodiversidade.
Recentemente eu assisti uma matéria sobre a região, e a reportagem mostrava a vida das pessoas que trabalham nessa mineradora. Há uma cidade dentro da área, e ela seria "um exemplo de preservação": sua escola, por exemplo, seria a primeira a lecionar ecologia como uma disciplina autônoma.
Além disso, não é permitida a criação de cães, gatos e pássaros, para não causar desequilíbrio ecológico. Considerei essa medida no mínimo interessante. Será que um gato é mais perigoso para um pássaro do que uma máquina de derruba a sua casa?
Na internet alguém disponibilizou ótimas fotos sobre a região, vale a pena dar uma olhada, basta clicar aqui e aqui também. Pessoal, cliquem, são fotos incríveis. Se não quiser clicar, digite serra de carajás no Google, são os dois primeiros sites que aparecem.
*Pra inglês ver: expressão cunhada a partir de 1850. A partir desta data, a Inglaterra decidiu coibir a escravidão, já a Revolução Industrial estava literalmente a todo o vapor, e era necessário expandir o mercado consumidor. Como os escravos não tinham salário, não podiam consumir, o que não era interessante para o comércio. Assim, a Inglaterra promulgou a Bill Aberdeen, uma lei por meio da qual os ingleses davam a sim mesmos o direito de apreender qualquer embarcação que realizasse o transporte de escravos. O Brasil, parceiro comercial da Inglaterra, foi pressionado a acabar com a escravidão. Para mostrar sua boa vontade, em 1850 o país promulgou a Lei Eusébio de Queirós, que proibia a entrada de escravos negros no Brasil. No entanto, não havia interesse real do Brasil de acabar com a escravidão, assim, foi dito que essa era uma lei apenas para inglês ver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário