Creio que já seja de todos, mas mesmo assim vou me permitir chover no molhado: o tão divulgado crescimento da produção de soja no Brasil, e em especial no estado de Mato Grosso é um tema polêmico, pois não está levando em conta os custos do desmatamento que está provocando. Inúmeras espécies que até hoje não foram catalogadas pela ciência estão sendo exterminadas com essa política. Além disso, o alto volume de água exigido pela produção de soja faz com que seja um grande negócio para os outros países importarem o “nosso produto”, pois ao fazer isso eles estão preservando suas reservas de água potável. Já o Brasil... e vamos nos lembrar: trata-se de um fenômeno que produz um efeito-cascata (ia falar “bola de neve”, mas com o calor que a gente vem passando não combina...):
- derrubada das arvores
- animais perdem suas casas, morrem atropelados nas rodovias ou por outras causas
- diminui a área de cobertura verde: há menor filtração do ar, menor retenção de umidade, menor proteção do solo quanto aos agentes naturais (vento, chuva...)
- diminuição da quantidade de chuva
- agravamento do efeito estufa
- com o tempo, o solo amazônico vai perdendo sua fertilidade, e então a única opção para essas áreas é soltar gado por lá pra ver se ainda dá algum lucro.
Resultado: novas áreas precisam ser desmatadas para manter a produção, e nós ficamos:
- com mais calor
- sem água
- sem biodiversidade, que é a maior riqueza que o Brasil tem.
Pensando a longo prazo, não sei se vale a pena. Apesar disso, foi noticiado que o desmatamento no norte do Mato Grosso aumentou 200% em maio, junho e julho de 2007, (FSP17.09.07).
O que podemos fazer? Em primeiro lugar divulgar a informação. Podemos também evitar a compra de soja proveniente do MT, para desestimular o plantio.
Dê você a sua idéia!!!
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