domingo, 30 de setembro de 2007

Frase da semana (quase um mini-texto...)

"A Vida jamais poderá ser compreendida nos termos que queria Descartes que, nos seres vivos, com exceção dos Humanos, via simples máquinas, relógios ou autômatos; robôs, como diríamos hoje. Mas esta visão ainda está bem viva, muito viva, por exemplo, nos laboratórios de toxicologia da indústria química, que submete milhões de criaturas indefesas - macacos, cachorros, gatos, ratos, proquinhos-da-índia e outros - por ela simplesmente classificados de 'cobaias', a torturas indescritíveis para, que em enfoque ridiculamente bitolado, estabelecer, entre outras abstrações indecentes, a 'dose diária admissível' dos venenos com que fazem seus grandes negócios. Esta visão, é triste dizê-lo, é comum em muito curso e aula de biologia, e nas modernas fábricas de carnes e ovos, eufemisticamente chamadas de 'criação confinada' e 'aviários'."


José Lutzenberger

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Proposta do Brasil para conciliar o Acordo TRIPS e a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB)

Tal proposta foi montada a partir das discussões ocorridas na própria OMC e que foram apresentadas de forma resumida, como “exigências de declaração”[1]. A CDB e o acordo TRIPS são documentos com origem e propostas diversas. Enquanto a CDB foi assinada como parte de um movimento que estimula a diminuição do ritmo de crescimento mundial em prol do desenvolvimento sustentável, o TRIPS visa regular de forma mínima o comércio internacional, dentro da visão do liberalismo. Daí a desafio de harmonizar os dois institutos. Mas não é impossível.


A dificuldade, na verdade, está em como os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento pretendem otimizar o processo. A proposta brasileira representa uma tentativa de compatibilizar os dois instrumentos, em especial o artigo 15 da Convenção, justificando-se da seguinte maneira:



· a necessidade do interessado na patente trazer de forma expressa em seu pedido a informação sobre a origem do recurso satisfaz o artigo 15 da CDB no tocante ao reconhecimento dos direitos soberanos dos Estados sobre seus recursos naturais, o que deve ser feito na forma de uma declaração de origem, satisfazendo o direito a informação. Fica faltando regulamentação do procedimento, a ser discutida dentro da OMC;


· a repartição justa e eqüitativa dos benefícios financeiros advindos da exploração dos bens ou métodos adquiridos busca implementar o item 07 do artigo 15 da CDB, reconhecendo a importância da cultura dos povos da floresta e incentivando tais comunidades a dividir seus conhecimentos (e os benefícios deles advindos) com toda a humanidade;


· o terceiro requisito leva o nome de Prior Informed Consent Procedure – PIC, ou consentimento prévio informado, já é bastante conhecido do no âmbito dos tratados internacionais[3] e visa evitar que as comunidades tradicionais, no caso do Brasil as populações indígenas ou de origem tal sejam enganadas por “turistas inocentes” ou missionários que, com a aparência de trabalho social de cunho humanitário, aproveitam-se da convivência com pessoas ingênuas e de pouca instrução para obter delas informações sobre localização de animais, de plantas de uso medicinal ou cosmético, além de processos para obtenção de tais substâncias.


Mais uma vez pode-se falar na garantia ao direito à informação.


[1] DUTRA, Paula Hebling; PRESSER, Mário Ferreira, Propriedade Intelectual E Biodiversidade: Avanços Nas Negociações Dentro Do Parágrafo 19 Da Declaração De Doha, in Economia Política Internacional: Análise Estratégica, Número 05, Unicamp, abril/junho 2005. Disponível em: http://www.eco.unicamp.br/asp-scripts/boletim_ceri/boletim/boletim5/08_Paula_Presser.pdf
[3] Convenção de Roterdã Sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado para o Comércio Internacional de Certas Substâncias Químicas e Agrotóxicos Perigosos, conhecida como Convenção Pic.
Fonte da imagem: http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/images/1252_macacos/113424_macaco6.jpg

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Calculadora de vidas


Pois é gente, eu sei o quanto é difícil deixar de consumir carne. Além do apetite, às vezes enfrentamos pensamentos do tipo: mas de que adianta eu deixar de comer carne se o resto do pessoal lá de casa continua a consumi-la? Os animaizinhos serão mortos do mesmo jeito. Minha atitude não vai mudar muita coisa...

Pois qual não foi a minha surpresa ao ficar sabendo que em um ano, um vegetariano pode evitar a morte de 95 animais!!!!

Parece que a ação de uma pessoa pode sim fazer a diferença. Existe até uma calculadora on-line para você ter uma estimativa de quantos animaizinhos você salvou!! Aqui vai o link:

http://www.centrovegetariano.org/Calculadora_de_vidas.html

Sugestão de livro



Para aqueles que estão começando agora a se interessar pelos temas ambientais, sugiro um livro despretensioso sobre o tema: MANUAL LIVE EARTH DE SOBREVIVÊNCIA AO AQUECIMENTO GLOBAL. Divertido, fácil de ler. Esse não vai ter desculpa, tem figurinhas alegres, vocabulário simples, dá pra ler na fila, no ônibus, no banheiro...
Autor: David de Rothschild
Editora Manole (fonte da imagem)

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Tio Patinhas não perde tempo

Como excelente aluna, a Rússia aprendeu bem rápido as regras do capitalismo. E não perdeu tempo: já percebeu em como lucrar com o aquecimento global, em não é com o plantio de árvores ou com a produção de painéis solares.


É o degelo do Ártico que deixa os russos tão ouriçados, conforme informa Dominique Koop, da Le Monde Diplomatique. Mas creio que não cabe a nós demonizar os russos, pois sua atitude de reivindicar a posse do Ártico após estudos revelarem a riqueza de seu solo (petróleo e ouro pra começar) não é diferente dos outros caçadores capitalistas (leia-se EUA, China, Japão, Canadá e afins).

Eles apenas foram mais espertos. E mais rápidos.

É óbvio que os seus “companheiros” teriam feito o mesmo se pudessem ter sido mais eficientes.

Em juridiquês, assim se explica a questão:

Localizado em águas internacionais, o Pólo Norte pertence a todo o mundo — portanto, a ninguém. É regido pela Convenção Internacional do Direito do Mar, da Organização das Nações Unidas (ONU), que declara serem os fundos marinhos, situados além das jurisdições nacionais, “patrimônio comum da humanidade”.

Assinada em 1982 e ratificada no final de 1994, essa convenção estabelece a soberania de um país, na superfície do mar, em 12 milhas marítimas (22,2 km), contadas a partir da costa. Também considera como sua zona econômica exclusiva (ZEE), incluindo os recursos submarinos, uma faixa maior, de 200 milhas (360 km).

No entanto, essa zona pode ser ampliada se os limites externos da plataforma continental se estenderem mais além. Portanto, se conseguir demonstrar que a Dorsal Lomonosov – cadeia submarina de 2 mil quilômetros, que se estende sob o Pólo Norte, ligando a Sibéria à ilha canadense de Ellesmere e à Groenlândia – é geologicamente russa, Moscou poderá explorar esses fundos marinhos. Além do prestígio, da proeza científica e tecnológica, há substanciosos interesses econômicos e geopolíticos em jogo.

Um estudo da agência governamental norte-americana US Geological Survey estima que 25% das reservas mundiais de hidrocarbonetos estão localizadas ao norte do círculo polar . Um novo eldorado, que os países costeiros – Rússia, Estados Unidos, Canadá, Noruega, Dinamarca, Finlândia, Suécia e Islândia – poderiam reivindicar e explorar, sob condição de que sua plataforma continental entre no jogo de extensão territorial.

Durante muito tempo, a Rússia foi a única a tentar fazer valer os seus direitos. Em dezembro de 2001, Moscou já tinha formulado uma primeira petição à Comissão sobre a Delimitação da Plataforma Continental da ONU, que, por sua vez, requereu estudos complementares. Foram estes que resultaram no espetáculo Mir 1 e Mir 2. Até então, a comunidade internacional não via nenhum interesse econômico nessas imensidões geladas. Mas os recursos mundiais de gás e petróleo estão se esgotando, e o aquecimento do planeta torna o Pólo Norte potencialmente mais viável.”

Mais um pouquinho...

"Os Estados Unidos, que estimavam produzir apenas 30% de seu consumo de petróleo em 2015 – contra 70% produzidos hoje –, preparam-se para apresentar um requerimento a fim de estender sua zona costeira por 600 milhas (965 km), a partir do litoral do Alasca. Porém, um “iceberg” de porte bloqueia seu caminho: eles não ratificaram a Convenção do Mar da ONU, sem a qual qualquer reivindicação territorial é inadmissível. É por isso que o governo George W. Bush apressa-se em fazer dessa ratificação uma prioridade.

Enquanto isso, uma expedição norte-americana tomou o rumo do Pólo Norte. E outra, norte-americano-norueguesa, explora a Dorsal de Gakke, situada entre a Sibéria e a Groenlândia.

Em 12 de agosto, a Dinamarca enviou uma equipe de cientistas para tentar provar que a Dorsal de Lomonosov é uma extensão da Groenlândia. Essas operações também integram a agenda do Ano Polar, sob a nobre justificativa de reforçar a pesquisa científica e desenvolver a cooperação internacional. O interesse científico é real. Mas o interesse econômico é ainda mais. Aliás, a última cúpula do G8 foi bem clara, ao reunir, em uma mesma sessão de trabalho, a discussão sobre as mudanças climáticas e a utilização dos recursos naturais."

Há ainda a questão das rotas marítimas. A matéria completa está disponível no site e na edição deste mês da revista.

Fonte da imagem:

Dado importante

À época que Chico Mendes lutava para assegurar o futuro dos seringueiros e da floresta, um dos mais respeitados cientistas brasileiros, Eneas Salati, analisava proporções de isótopos de oxigênio na precipitação pluviométrica amazônica do Atlântico ao Peru. Sua conclusão foi irrefutável: a Amazônia produz a parte maior de sua própria chuva. A implicação óbvia foi que o excesso de desmatamento poderia degradar o ciclo hidrológico.”

Fonte: Folha de São Paulo, 25/09/07 - A máquina de chuva da Amazônia
THOMAS E. LOVEJOY e GOMERCINDO RODRIGUES

O futuro da carne


O jornal Le Monde produziu uma matéria muito interessante sobre o futuro do consumo de carne entre os seres humanos. Embora as estatísticas prevejam o aumento do consumo de carne, pela melhoria nas condições de vida em países como Brasil e China, há tantos malefícios advindos de seu consumo que cabe a discussão sobre o futuro de nossa base alimentar.

Os argumentos apresentados são:

- malefícios à saúde

- poluição provocada na água e no solo pelas produções de origem animal, em virtude dos excrementos nitrogenados

- a “flatulência” do gado é responsável por 18% das emissões dos gases responsáveis pelo efeito estufa (!): a criação é responsável por 65% das emissões de hemióxido de nitrogênio (azoto, essencialmente imputáveis ao esterco), enquanto o gado engendra 37% das emissões de metano

- Os pastos ocupam 30% das superfícies emersas

- mais de 40% dos cereais que são colhidos servem para alimentar não diretamente os homens, e sim o gado

- áreas disponíveis são insuficientes para atender à demanda, a criação de gado pode provocar o desmatamento de florestas

Fatos:
- é preciso 4 kg de cereais para produzir 1 kg de frango;
- é preciso 6 kg de grãos para 1 kg de porco;
- para produção de 1 kg de porco, necessita-se de 4.600 litros de água;
- para produção de 1 kg deboi, necessita-se de 13.500 litros de água ;
- para produção de 1 kg de trigo, necessita-se de 1.000 litros de água.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

E quando o mel se for...


Você sabia que 03 de outubro é o dia das abelhas?


Que esses belos seres estão ameaçados?


E que se eles se forem, a raça humana vai junto?




Segundo Albert Einstein, se as abelhas forem extintas, em 5 anos a raça humana desaparece.

Por quê? Porque as abelhas são responsáveis por 70% da polinização dos vegetais. Assim se elas se forem, não adianta a soja ou o milho serem super produtivos, resistentes a pragas e tudo mais: suas flores não receberão a visita das amarelinhas, não haverá polinização, e nada de batata frita!!

Semana passada eu li uma reportagem sobre o tema (Folha de São Paulo). As abelhas estão morrendo misteriosamente. Saem para o seu dia de trabalho e não voltam. O fenômeno chega a ser alarmante nos EUA, onde se acredita que a causa seja um vírus vindo da Austrália. Ocorre que hoje eu vi outra matéria sobre o tema, desta vez na TV (Jornal do SBT) e segundo ela, o fenômeno está ocorrendo em todo o mundo, inclusive no Brasil.

No sul do país, onde há grande produção de mel, os produtores, tanto de mel quanto os agricultores, estão bastante preocupados, inclusive com quebra de produção. Em um apiário, de 280 colméias, 80 já morreram.


Por isso, não faça mal para as abelhas. Eu sei que temos medo de seu ferrão, mas precisamos lembrar que a pobrezinha só faz isso porque está muito assustada, a ponto de tomar uma atitude desesperada, dando sua vida pela colméia. Sim, pois lembre-se que quando ela ferroa, ela morre!! Seja gentil com as abelhas.


Se mesmo assim você não se convenceu, lembre-se que protegendo as abelhas você está protegendo a sim mesmo.


Repórter Record

Hoje, o tema do Repórter Record é a Amazônia. Vai mostrar, além das riquezas naturais, o crescimento da devastação e maus-tratos aos animais.
Não percam!

Grande segunda-feira!

Sempre que leio uma reportagem sobre meio ambiente, eu penso: nossa, a gente precisa escrever algo sobre isso no blog. Mas para isso é preciso pesquisar um pouco sobre o tema, confirmar algumas informações, explicar alguns conceitos... leva um certo tempo, e até lá a notícia já ficou velha. Por isso, de agora em diante, vou tirar dos ombros a carga de falar detalhadamente sobre um assunto e me preocupar mais em trazer as novidades. Quem tiver interesse em alguma delas especificamente, dá um aviso que a gente se sintoniza. Sem falar que todos que quiserem tem o Google a sua disposição, onde tudo é possível...

domingo, 23 de setembro de 2007

Frase da semana



"A luta não é por nós, não é por nossos desejos e necessidades pessoais. É por todos os animais que já sofreram e morreram em laboratórios de vivissecção, e por todos os animais que sofrerão e morrerão nesses mesmos laboratórios a menos que acabemos com essa indústria do mal imediatamente.Os animais não têm ninguém além de nós, que não iremos deixá-los na mão."





Barry Horne, Setembro de 1998.

Balanço...

Parece que pouca gente ao Dia Mundial sem Carro aqui pelas brandas do Brasil. Surgido na Europa no final da década de 1980, e coordenado pela União Européia, não encanta os brasileiros, bons de papo e de reclamação, mas ruins a beça na hora de agir e participar. Apesar de esperado, é decepcionante. Todo mundo é politicamente correto na hora de abrir a boca, mas poucos são aqueles que tem a capacidade (coragem, decência, ou como preferir) adotar uma atitude concreta. A maioria usou como desculpa o calor. Desculpa. Se não fosse o calor seria o frio, a chuva...

Mais uma vez fica comprovado que quem manda no Brasil é a imprensa. Alguém duvida que, se a Rede Globo tivesse abraçado a campanha e a promovido como faz com o Criança Esperança, a adesão teria sido maior?

O movimento daqueles corajosos humanos que crêem ser possível viver sem ser escravo do carro tem até site oficial: é o
http://www.worldcarfree.net/ . Na Wikipédia também há bastante sobre o tema, basta procurar "car free days", que traz inclusive uma foto triste pros brazilians: uma avenida de grande circulação, vazia, no dia sem carro de Bogotá, este ano.

Que em 2008, demonstrando o quanto a nossa sociedade se conscientizou sobre a questão ambiental, as ruas fiquem cheias de pedestres, ciclistas, skatistas.... e harmonia.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Dia da Árvore

Hoje não vai ter post sobre biopirataria por um motivo deveras importante: hoje é Dia da Árvore!!! Andei pesquisando sobre o tema e, como no Brasil tem lei pra tudo, procurei a lei que institui o Dia da Árvore. Não encontrei! Encontrei leis municipais, como a de Alegrete (RS), que ampliou a data: criou a Semana da Árvore. A melhor explicação que eu encontrei estava no site do Terra, que por sinal é o mesmo da revista Nova Escola... quem copiou de quem? O fato é que a história é esta:

Os Estados Unidos decidiram adotar o 22 de abril como o Dia da Árvore. A data coincide com o aniversário de J. Morton, um morador de Nebrasca que incentivou a plantação de árvores naquele Estado. O Brasil foi um dos poucos países que não seguiu o exemplo dos EUA e escolheu o dia 21 de setembro para celebrar a árvore. Existe uma explicação lógica para a decisão, tomada há 30 anos: os povos indígenas brasileiros sempre cultuaram as árvores à época das chuvas ou quando se preparava a terra para semear. Então adotou-se a data que marca a entrada da primavera. Um fato curioso é que, por razões climáticas, o Norte e Nordeste do Brasil cultuam a árvore na última semana de março, no período referente ao início das chuvas naquela região, e não como acontece no resto do País.”


Tem até um site inspirado o dia!! É o http://www.diadaterra.org.br/ . E se você participa do click árvore, hoje é possível plantar até 5 árvores!!


Sobre J. Sterling Morton, o cara do "arbor day" no USA, há um site bem interessante sobre o tema. Pra quem quiser visitar, o endereço é http://www.arborday.org/arborday/history.cfm.

Para aqueles que como eu morrem de preguiça de ler textos em inglês, comprometo-me a fazer um pequeno resumo sobre a vida do senhor Morton em breve.

E feliz Dia da Árvore!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Convite

Já faz muito tempo desde que eu atualizo o Blog, e peço desculpas desde já!!

Um dia, eu estava conversando com Sofia e ela me disse que devemos falar não só com aquelas pessoas que sabem que o planeta precisa de ajuda, mas também conscientizar aquelas que não se importam em poluir o meio ambiente ou machucar os animais.

É só imaginar: se cada pessoa conseguir convencer duas pessoas a se preocupar com o meio ambiente, e essas duas convencerem cada uma mais duas pessoas, vai chegar um dia em que não vai ser preciso fazer campanhas de conscientização ambiental, ou os ativistas terem que ir nas ruas lutar contra o maus tratos dos animais.

Então, para aqueles que leram esse post e se preocupam com o meio ambiente e os seres vivos do planeta Terra: convido vocês para fazer parte da nossa comunidade no orkut, para podemos debater mais sobre problemas relacionado a natureza e como fazer da Terra um mundo melhor!!!

E caso você não tenha orkut, deixe um comentário como anônimo (porque para deixar um comentário, é necessário ter um Gmail).
Como diz a parábola:

“Se duas pessoas se encontram e trocam pão, cada uma volta para casa com um pão.
Se duas pessoas se encontram e trocam idéias, cada uma volta para casa com duas idéias.”

domingo, 16 de setembro de 2007

Frase da semana


“Somos livres para escolher, mas prisioneiros das consequências.”

Autor desconhecido


sábado, 15 de setembro de 2007

É chumbo grosso!


Essa é para os pescadores de plantão.

Tá certo, você bem que tenta, mas ainda não conseguiu se tornar um ser acima dos desejos carnais: ainda não se tornou um vegetariano.

Você pode até não ser muito chegado em comer peixe (tá difícil hein...), mas adora uma boa pescaria: o tumulto dos preparativos, a longa viagem pela estrada de terra (quem não ama passar pelos morrinhos), o calor e o cansaço que já te tomaram antes mesmo de descer a tralha pra beira do rio... só ele mesmo pra nos recompensar.

Ainda que você não seja capaz de retirar um mísero lambari de 6 cm da água, tenha levado sua sacolinha pra recolher o lixo, ainda assim você pode estar causando dano ao meio ambiente.

Adivinhe como? COM O CHUMBINHO!!!

Sim. Pros desinformados como eu: é aquele pesinho que se coloca na linha para que a isca fique parada e assim o pobre peixinho possa fisgá-la mais facilmente. Geralmente quem prepara nossa varinha é o pai, irmão, namorado ou marido, então, pras desavisadas de plantão que pensavam que chumbinho era apenas um nome comercial, que aquela coisinha da caixa de pescaria fosse feita de ferro ATENÇÃO: aquele pesinho é feito de chumbo, o mesmo material que foi encontrado na tintas dos brinquedos chineses e que precisam ser recolhidos.


O chumbo é um metal pesado que se acumula no organismo dos animais e nos humanos podem causar problemas de saúde como anemia, atraso mental e alterações de conduta por exemplo.

Nos “Pesque-e-Pague” a situação pode ser pior, pois se o dono do pesqueiro não esvazia o pesqueiro ao menos uma vez por ano, forma-se no fundo do lago um grande depósito das chumbadas perdidas pelos pescadores, potencializando ainda mais os riscos com o nível da contaminação.

Pra piorar, as chumbadas são produzidas com material reciclado... das baterias dos automóveis!! Já há alternativas, como pesos de cerâmica, mas eles são mais caros e pouco conhecidos. Há um projeto de lei prevendo a proibição do uso da chumbada nas pescarias (PROJETO DE LEI Nº 4076, DE 2.004, do deputado Lobbe Neto – PSDB/SP), mas ele será tema de outro post.

Na foto, há exemplos de chumbadas não poluentes.



sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Como a Convenção Sobre Diversidade Biológica protege os recursos genéticos

“(...)
Artigo 15 - Acesso a Recursos Genéticos.
1. Em reconhecimento dos direitos soberanos dos Estados sobre seus recursos naturais, a autoridade para determinar o acesso a recursos genéticos pertence aos governos nacionais e estásujeita à legislação nacional.

2. Cada Parte Contratante deve procurar criar condições para permitir o acesso a recursos genéticos para utilização ambientalmente saudável por outras Partes Contratantes e não impor restrições contrárias aos objetivos desta Convenção.

3. Para os propósitos desta Convenção, os recursos genéticos providos por uma Parte Contratante, a que se referem este artigo e os artigos 16 e 19, são apenas aqueles providos por Partes Contratantes que sejam países de origem desses recursos ou por Partes que os tenham adquirido em conformidade com esta Convenção.

4. O acesso, quando concedido, deverá sê-lo de comum acordo e sujeito ao disposto no presente artigo.

5. O acesso aos recursos genéticos deve estar sujeito ao consentimento prévio fundamentado da Parte Contratante provedora desses recursos, a menos que de outra forma determinado por essa Parte.

6. Cada Parte Contratante deve procurar conceber e realizar pesquisas científicas baseadas em recursos genéticos providos por outras Partes Contratantes com sua plena participação e, na medida do possível, no território dessas Partes Contratantes.

7. Cada Parte Contratante deve adotar medidas legislativas, administrativas ou políticas, conforme o caso e em conformidade com os arts. 16 e 19 e, quando necessário, mediante o mecanismo financeiro estabelecido pelos arts. 20 e 21, para compartilhar de forma justa e eqüitativa os resultados da pesquisa e do desenvolvimento de recursos genéticos e os benefícios derivados de sua utilização comercial e de outra natureza com a Parte Contratante provedora desses recursos. Essa partilha deve dar-se de comum acordo.(...)”

A íntegra da Convenção pode ser obtida no seguinte endereço: www.mma.gov.br/port/sbf/chm/doc/cdbport.pdf

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ajuda nos trabalhos escolares

O IBGE editou o Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente do IBG, um diconário de termos relacionados ao meio ambiente. Tem desde os temas da moda, como aquecimento global e Protocolo de Quioto, até "curiosdidades", como aa , termo usado pelos nativos havaianos para designar um determinado tipo de lava... é muito interessante, ótimo pra ser usado em trabalhos escolares.

E o melhor de tudo: dá pra baixar na internet!!
O endereço é:

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Teste em animais - Introdução

"... vários vivisseccionistas ainda alegam que o que eles fazem ajuda a salvar vidas humanas. Eles estão mentindo. A verdade é que os experimentos em animais matam pessoas, e os pesquisadores em animais são responsáveis pelas mortes de milhares de homens, mulheres e crianças a cada ano."- Dr. Vernon Coleman (Membro da Sociedade Real de Medicina, Inglaterra).


Texto retirado do site www.pea.org.br

Introdução

Primeiramente devemos saber a diferença entre Vivissecção e Testes em Animais.

-Vivissecção: Dissecação de animais vivos para estudos.

-Testes em Animais:
Todo e qualquer experimento com animais cuja finalidade é a obtenção de um resultado seja de comportamento, medicamento, cosmético ou ação de substâncias químicas em geral. Geralmente os experimentos são realizados sem anestésicos, podendo ou não envolver o ato da vivissecção.

Não é possívelaceitarmos um comitê de ética para experimentação animal, pois consideramos que não existe ética nesse tipo de experimentação. Quando nos referimos aos animais, independentemente da espécie, raça, cor ou sexo, partimos do pressuposto que são vidas, sentem dor, medo e tudo mais que podemos sentir.
Diferentemente do que muitos pensam, os animais não estão aqui para nos servir. É nosso dever respeitá-los e protegê-los como seres vivos.

"Esta é a Sally, nascida em 10 de abril de 1996. Ela é extremamente tímida e triste, e há 6 anos ela tenta dormir e andar sobre este piso de vigas de metal, o que muito frequentemente machuca os animais porque sua patas escorregam entre as ripas e suas pernas ficam presas."

( Este trecho e figura foram retirados do site: http://www.vivaosanimais.com.br/page_1115498520562.html
)

Nem mesmo a utilização de animais na área médico-científica é justificável, uma vez que já se sabe que a utilização de animais em pesquisas é um retrocesso, um atraso na evolução científica, além de ser um grande desperdício de dinheiro público.

“De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação. Albert Sabin reconhece que o fato de haver realizado pesquisas em macacos Rhesus atrasou em mais de 10 anos a descoberta da vacina para a pólio.”

“As perigosas drogas Talidomida e DES foram lançadas no mercado depois de serem testadas em animais. Dezenas de milhares de pessoas sofreram com o resultado”

Já existem inúmeras métodos substitutivos eficientes e eficazes que podem e já estão sendo usados nessa área. Isso sem falar dos modernos processos de análise genômica e sistemas biológicos in vitro, que vêm sendo muito bem utilizado por pesquisadores brasileiros. Sem falar que culturas de tecidos, provenientes de biópsia, cordões umbilicais ou placentas descartadas, dispensam o uso de animais. Vacinas também podem ser fabricadas a partir da cultura de células do próprio homem.

A vivissecção envolve basicamente interesses financeiros e políticos, e nem tanto científicos como se pensava.

Quando um medicamento chega ao mercado, são os consumidores as primeiras cobaias de fato, independentemente da quantidade de testes conduzida previamente em animais. Somente os humanos podem exibir efeitos desejáveis ou colaterais na espécie para qualquer substância testada. A indústria vivisseccionista não apenas coloca em risco nossas vidas como impede que outras vidas sejam salvas.

Seguem Alguns Dados:

Várias diretrizes
da União Européia foram firmadas com o propósito de abolir os testes com animais, dentre eles o terrível DL 50. Trata-se, portanto, de uma tendência mundial, em que a preocupação com o bem-estar dos animais de laboratório provoca discussões éticas no meio acadêmico e científico.

Na Europa muitas faculdades de medicina não utilizam mais animais, nem mesmo nas matérias práticas como técnica cirúrgica e cirurgia, oferecendo substitutivos em todos os setores.

Na Inglaterra e Alemanha, a utilização de animais na educação médica foi abolida. Sendo que na Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda) é contra a lei estudantes de medicina praticarem cirurgia em animais. Note-se que os médicos britânicos são comprovadamente tão competentes quanto quaisquer outros.

A produção de anticorpos monoclonais por meio de animais foi banida na Suíça, Holanda, Alemanha, Inglaterra e Suécia.

Na Itália, entre 2000 e 2001 mais de um terço das universidades abandonaram a utilização de animais para fins didáticos. A Província de Sul de Tirol, Itália, proibiu a experimentação em animais ao longo de seu território.

Nos EUA, mais de 100 faculdades de Medicina (70%) não utilizam animais vivos nas aulas práticas. As principais instituições de ensino da Medicina, como a Harvard, Stanford e Yale julgam os laboratórios com animais vivos desnecessários para o treinamento médico.

A abolição total dos testes em animais depende única e exclusivamente de nós consumidores. Hoje, com as informações disponíveis, podemos escolher entre produtos testados e não testados em animais. Nós devemos pressionar e exigir o fim da utilização de animais pelas empresas que ainda insistem em utilizar esse método retrógrado, ineficiente e cruel. Mas, mais importante ainda, é fazer com que as indústrias saibam do nosso descontentamento com seus métodos de pesquisa. Não adianta parar de usar um produto sem comunicar a empresa sobre as razões que motivaram essa decisão. Como consumidores, devemos exigir que nossas dúvidas sejam devidamente sanadas, uma vez que toda e qualquer empresa tem o dever de nos informar sobre o produto que estão vendendo, desde a matéria prima, fabricação, até os testes.

texto retirado do site: http://www.pea.org.br/


Esse post foi apenas uma
introdução ao assunto. Nos próximos posts você terá mais informações sobre o tema, como os testes mais feitos, nomes de empresas que fazem testes em animais, avanços na ciência sem a utilização de animais...

Mas, se você quiser se adiantar no assunto, sugiro o site
http://www.pea.org.br/ onde há muito mais sobre esse tema.

fonte: www.pea.org.br
http://testeemanimais.blogspot.com/2006/04/vivisseco-e-testes-em-animais.html)

domingo, 9 de setembro de 2007

Mensageiro para a humanidade

A frase da semana é de Elie Wiesel, um romeno de ascedência judia e sobrevivente da segunda guerra mundial, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1986.




"Tome partido. Neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. Silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado"- Elie Wiesel






fonte da imagem: http://www.viterbo.edu/uploadedImages/centers/ethics/wiesel%20%20pic.jpg

sábado, 8 de setembro de 2007

Acordo TRIPS

É o acordo internacional que ampliou a idéia do GATT, e criou a Organização Mundial do Comércio (OMC), de caráter permanente, com o objetivo de administrar o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) e supervisionar os acordos comerciais[1]. A sigla TRIPS pode ser traduzida como Tratado Sobre Direitos de Propriedade Intelectual Relacionado ao Comércio Internacional[2].

Em se tratando do tema das patentes, o acordo possibilita as empresas o direito de resguardar sua propriedade intelectual no território de todos os países signatários. Isso favoreceria a biopirataria na opinião do pesquisador Eduardo Vélez, conforme cita o Editorial do Jornal Gazeta Mercantil em 19.05.2004.


Segundo ele o fato do Brasil ser um dos signatários do acordo faz com que empresas transnacionais sintam-se dispensadas da necessidade de requerer qualquer tipo de autorização por parte do governo brasileiro para dar início ao processo de patenteamento de, por exemplo, um princípio ativo extraído de um vegetal que compõe a flora nacional e que tenha uso farmacêutico[4].


Além disso, o acordo também falha em seu texto, ao não fazer referência ao temas de importância no tocante à biodiversidade e ao conhecimento tradicional.


Não havendo preocupação em delimitar o tema, e sem uma definição expressa no texto legal para o termo biopirataria, criou-se uma lacuna no Direito Internacional, deixando assim os Estados com rica diversidade natural (geralmente países subdesenvolvidos) desprotegido[5].


Tais países têm se mobilizado na tentativa de modificar o TRIPS, conferindo maior proteção ao patrimônio genético das florestas.


O Brasil, em março de 2004, propôs como alteração a inclusão, como exigência para a concessão de patentes, o cumprimento de três requisitos:


· Deve-se informar que de país se origina o material genético analisado;

· Comprovação de repartição de lucros que possam vir a ser obtidos com a comercialização do produto ou do conhecimento adquirido;


· Consentimento prévio do país de origem. Dentro dessa condição, exige-se que a comunidade a partir da qual os conhecimentos foram adquiridos estejam conscientes dos mecanismos envolvidos no processo.

[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_do_Com%C3%A9rcio
[2] É possível ler a íntegra do acordo e as propostas para sua alteração no site da OMC: http://www.wto.int/
[4] Fonte: Jornal Gazeta Mercantil, Editorial de 19.05.2004
[5] ESCOBAR, Herton, Brasil quer mudar leis para evitar biopirataria, in O Estado de S. Paulo edição de 15 de setembro de 2003, citada na justificação do Senador Arthur Virgílio em projeto de lei que visa instituir o cupuaçu como fruta nacional, disponível no seguinte endereço: http://legis.senado.gov.br/pls/prodasen/PRODASEN.LAYOUT_MATE_DETALHE.SHOW_INTEGRAL?t=929
Fonte da imagem: http://brasilescola.com/imagens/geografia/omc.jpg

domingo, 2 de setembro de 2007

"Matar um animal para fazer um casaco é um pecado. Nós não temos esse direito. Uma mulher realmente tem classe quando rejeita que um animal seja morto para ser colocado sobre os seus ombros. Só assim ela será verdadeiramente bela."
Doris Day

Fonte da foto: http://www.banyonpublishing.com/images/graphics/dorisday.jpg