terça-feira, 15 de julho de 2008

Em busca do poder


Neste ano os brasileiros tem a rara oportunidade de opinar sobre os rumos do país. Como? Através das eleições municipais. Em outubro próximo todos os cidadãos maiores de 16 anos poderão dizer o que acham dos rumos atuais da política nacional, sobre a corrupção, o mal uso do dinheiro público, a falta de segurança...

Fico muito irritada com o mais do mesmo que se repete a cada eleição. Semana passada tive a oportunidade de assistir uma entrevista de uma candidata nova. "Nova", apenas na aparência, pois o discurso era o mesmo de sempre! Uma mulher, jovem, de um partido que se diz inovador e subversor da ordem estabelecida. Eram sempre as mesmas respostas vagas, o discurso que procura agradar... onde estão as plataformas políticas?

Será que esses candidatos conhecem o orçamento anual dos municípios que pretendem administrar. Falam em construir creches por exemplo. Quanto do orçamento municipal não está comprometido com folha de pagamento e obras em andamento? Essa "sobra" permitirá construir quantas creches? Em quanto tempo? Será possível contratar pessoal para colocar essas creches em funcionamento sem aumentar os impostos?

É isso que eu quero saber candidatos. Sim, pois que é preciso combater a violência não é novidade pra ninguém.

E na questão ambiental, o que pretendem? Bem, segundo uma notícia que eu li ontem na Folha, as notícias não são muito animadoras nessa área.

Eis a manchete:

Nos 36 municípios que mais devastam a floresta, 35% dos candidatos a prefeito são madeireiros, pecuaristas ou agricultores. Em quatro cidades de Mato Grosso e do Pará, a disputa pela prefeitura se dará apenas entre candidatos do ramo da agropecuária.
E aqui, a opinião dos prefeituráveis:

Candidato único em Querência (MT), na região do Xingu, o prefeito Fernando Gorgen (PR) promete "trabalhar" para que o "problema" não inviabilize a economia da cidade. "Se deixar na mão desse ministro aí [Carlos Minc, do Meio Ambiente], nossa cidade acaba", diz ele, que é produtor rural.

O
madeireiro Carlos Roberto Torremocha (DEM), candidato em Aripuanã (MT), defende uma visão "menos radical". "Nosso município não conseguirá sobreviver só da floresta."

A prefeita de Alta Floresta (MT), Maria Izaura Dias Alfonso (PDT), também candidata à reeleição, reclama da visão distorcida "passada pela mídia". "

Boa eleição para todos.

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