sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Abandono

Ontem a tarde eu assisti uma reportagem que me fez lembrar de um dos temas que me comprometi a apresentar no blog: animais abandonados. A reportagem passou na Record e creio que era repetida, pois fiquei sabendo que o tema do Repórter Record da semana passada foi relativo a animais.

Pois bem, foram apresentadas as questões já conhecidas por todos: o abandono dos animais nas ruas, os maus-tratos a que eles muitas vezes são submetidos, o trabalho do Centro de Controle de Zoonoses, recolhendo, tratando e abrigando os animais por 3 dia, onde eles ficam para serem adotados. É incrível constatar que são encontrados inclusive animais de raça a espera de uma boa alma. Quantas pessoas você conhece que tem um rusk siberiano? Trata-se de um animal caro, o que nos faz pensar que quem o adquiriu possuía condições de mantê-lo. Então, por que o terá abandonado? O animal ficou grande demais para o apartamento? Mordeu alguma das crianças? Faz muita sujeira? Os animais de raça chegam a custar R$ 2.000,00. É muito dinheiro jogado fora.

Mas a questão está na minha mente em virtude de uma experiência que aconteceu comigo no dia 30 de dezembro. Duas lindas gatinhas foram jogadas na minha varanda. Lindas, inocentes e minúsculas. Não sei se a pessoa que fez isso queria que eu a adotasse ou matá-las, já que as colocou junto com um pastor alemão.

Pela manhã
ouvimos o choro e nos deparamos com elas. Aí veio o problema: os moradores da casa não foram unânimes em adotá-las, apresentando os argumentos de sempre: elas não são nossa responsabilidade, como conciliá-las com os cães, gatos não param em casa, procriam demais, se pegarmos elas vão começar a jogar gatinhos aqui todas as semanas... eu concordo com muitos desses argumentos, inclusive com a necessidade de responsabilizar a pessoa que fez isso, pois o mínimo que ela tem que fazer é castrar a sua gata. Além disso, imagine o sofrimento da mamãe gata ao ter retirados seus filhos? Como alguém pode amar uma gata e odiar seus descendentes? Essa pessoa no mínimo não é digna de possuir esse animal.

Apesar de tudo conversamos com uma vizinha que possui gatos, mas ela não se dispôs a acolhê-los, mesmo com o nosso comprometimento de pagar a ração e a castração delas. Elas passaram a noite na rua, e no dia 31 lá estavam elas a espera de um bom coração. Nosso sofrimento foi grande, mas fomos voto vencido. De nada adiantaram nossas lágrimas. A solução: levá-las ao CCZ. Quem sabe lá alguém as adotaria. Não tivemos coragem de ligar no CCZ para saber que destino elas tiveram, dói muito pensar e escrever sobre isso, por elas e por todos os animaizinhos que passam por esse sofrimento diariamente. E ainda existem pessoas egoístas o suficiente que gastam fortunas com seus bibelôs com pedigree. Quantos animaizinhos esse dinheiro poderia sustentar?
Bem pessoal, espero que vocês tenham a oportunidade e a consciência necessárias para dar finais felizes a tais histórias. Pois nós não pudemos.

Aqui vai uma foto das nossas bebês:

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