sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Ano novo, saúde...

Dr Luiz Ovando e dr. Adalberto Siufi têm feito uma verdadeira campanha de conscientização sobre a importância do respeito ao nosso relógio biológico.

Tod@s sabemos que não se pode falar em vida saudável sem boas noites de sono. Descansar o número de horas necessárias e em local adequado é fundamental para executar as atividades diárias com um pouco de sanidade...

Infelizmente, como já publicamos em nosso blog, nem tod@s têm tais preocupações com a saúde. E estão propondo que o horário de Mato Grosso do Sul seja adiantado em 1 hora.
Pode parecer pouco, mas imagine viver o horário do verão não apenas no verão, mas também no outono, no inverno... sem falar nos dias amanhecendo mais tarde...

O Dr. Adalberto Siufi mostra-se temeroso inclusive com o horário de verão:

“Mato Grosso do Sul não merece esse castigo”, resumiu o médico oncologista Adalberto Siufi, um dos pioneiros na discussão. Para ele, é comprovado o aumento da incidência de câncer de pele durante os meses em que o relógio dos sul-mato-grossenses é adiantado em uma hora.

Os médicos citam os prejuízos a população:

Ciclo do sono

De acordo com os médicos, o ciclo claridade-escuridão não ocorre por acaso. Todos os seres vivos estão sujeitos a sua influência. Para que esse fenômeno seja completo, a grande maioria das pessoas necessita de oito horas de sono e os jovens e crianças de 10. “Com o alinhamento do horário com Brasília, pelo fuso solar deveremos acordar às 5h, ainda no escuro e com o ciclo claridade-escuridão agredido”, afirma Siufi.

A privação do sono, diz Ovando, demonstra que o déficit diário de 1h de sono causa uma reação orgânica permanente em busca de uma adaptação que nunca ocorre, em nível fisiológico. “Quando despertamos sem claridade, o organismo se encarrega de aumentar a produção de adrenalina, a substância entra na corrente sanguínea e provoca aumento no ritmo cardíaco e da pressão arterial. É uma reação normal do organismo que, multiplicada a cada dia, acarreta inúmeros problemas de saúde”, observa.

Embasamento Científico

O médico cita um estudo realizado por Stanley Coren, psicólogo da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), que constatou um aumento de 8% no número de acidentes de trânsito ocorridos na segunda-feira logo após o início do horário de verão. O contrário (diminuição de 8% dos desastres automobilísticos) ocorreu logo após o final desse horário.
Outra constatação é que, caso a hora oficial de Mato Grosso do Sul (atualmente é Greenwich “menos quatro horas”) seja alterada para Greenwich “menos três horas”, durante o horário de verão a população seria obrigada a antecipar em duas horas o seu horário de adormecer e despertar, o que certamente causaria transtornos fisiológicos mais importantes e duradouros do que quando se adianta o relógio em apenas uma hora, como acontece hoje entre os meses de outubro e fevereiro.

Alterações Fisiológicas

Dados técnicos apontam que com a mudança no Estado, entre o início de junho e o meio de agosto, o nascer do sol aconteceria por volta das 7h15m da manhã, ou seja, nesse período do ano, trabalhadores e estudantes acordariam e iniciariam suas atividades no escuro.

Além disso, a mudança para Greenwich “menos três horas”, somada ao horário de verão, faria com que o pôr-do-sol em Campo Grande, nos meses de dezembro e janeiro, acontecesse por volta das 20h30m. Já nos meses de junho e agosto, trabalhadores e estudantes irão acordar e iniciar as atividades ainda no escuro.

O teste, explica Ovando, é simples: basta lembrar de alguns dias que despertamos antes do nascer do sol e multiplicarmos os efeitos da falta de sono permanentemente.

Veja algumas das implicações da privação do sono:
Ansiedade
Irritabilidade
Hipertensão arterial
Aumento do Colesterol e Triglicérides
Tendência a Diabetes
Obesidade
Aumento no número de óbitos
Déficit de atenção

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