quinta-feira, 12 de abril de 2012

Direito aos que não verbalizam

Acompanhar mais uma denúncia de maus tratos, desta vez na cidade de Salvador, traz a tona vários sentimentos e reflexões.
Se por um lado causa tristeza conhecer o sofrimento destes animais, vítimas de legítima tortura, por outro lado causa alegria perceber que a sociedade a cada dia mostra-se mais ativa, e não compactua mais com o sofrimento gratuito e desumano.
A atitude da denunciante exige, além de compaixão, coragem, renova nossa fé na humanidade.
Outro ponto maravilhoso desta história é o poder da internet. No passado, é bem provável que inúmeras situações como esta ficassem impunes, pela inação e leniência do Poder Público.
Hoje, nós, cidadãos, temos a tecnologia e a internet. Se a denúncia à delegacia não surte efeitos, nós temos o youtube, o facebook, o twitter, os blogs... A GENTE PODE COLOCAR A BOCA NO TROMBONE!
Não somos dependentes do Estado ou de governantes que nada fazem, usamos a nossa indignação, nosso conhecimentos, e nossos brinquedos tecnológicos para mostrar ao mundo que queremos justiça, dignidade e respeito.
E claro, também é motivo de felicidade observar que os juízes tem se manifestado a favor da proteção aos direitos dos animais. Ainda é pouco, mas já é o começo.
Bem, depois de todas estas palavras soltas, para quem quiser pensar mais um pouco sobre o assunto, nós sugerimos um trabalho bem legal, uma monografia produzida por uma estudante de medicina veterinária na UFRGS.
Título - Direitos dos animais: uma abordagem histórico-filosófica e a percepção de bem-estar animal
Autora  Lenize Maria Soares Doval

terça-feira, 10 de abril de 2012

Olimpíadas 2012

Além de preservação do meio ambiente e bem-estar animal, nós também adoramos moda, afinal de contas, somos garotas!!


E em razão disso, tínhamos que compartilhar essa notícia do site UOL.


Ou esses cavalinhos não ficaram lindos?

Quer saber mais? Então siga o link:
http://uolesporte.blogosfera.uol.com.br/2012/04/03/supermaios-da-natacao-inspiram-tratamento-e-prevencao-de-lesoes-em-cavalos-em-londres-2012/

quinta-feira, 5 de abril de 2012

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pensata

 

Numa época em que discute tanto os rumos do planeta, segue a dica de Freud:


“Os desejos inconscientes do homem são seu destino”. 


Fonte da imagem: http://www.buscasaude.com.br/materias-psicologia/um-pouco-de-psicanalise/ 

domingo, 1 de abril de 2012

Carta da semana

Ao invés de publicar uma frase, hoje decidimos reproduzir aqui uma carta especial, escrita por um sobrevivente dos campos de concentração, Edgar Kupfer-Koberwit:

“Eu me recuso a comer animais porque eu não posso me alimentar do sofrimento e da morte de outras criaturas. Eu me recuso a fazer isto porque eu mesmo sofri tão dolorosamente que eu consigo sentir as dores dos outros pela lembrança dos meus próprios sofrimentos.

Eu sou feliz, ninguém me persegue; por que eu deveria perseguir outros seres ou causar-lhes sofrimento? Eu sou feliz, eu não sou um prisioneiro; por que eu devo transformar outras criaturas em prisioneiros e jogá-las em jaulas?

Eu sou feliz, ninguém está me machucando; por que eu deveria machucar os outros ou permitir que sejam machucados? Eu sou feliz, ninguém me maltrata; ninguém vai me matar; por que eu deveria maltratar ou matar outras criaturas ou permitir que sejam maltratadas ou mortas para meu prazer e conveniência?

Não é natural que eu não inflija a outras criaturas a mesma coisa que eu espero, e temo, nunca seja imposta a mim? Não é a coisa mais injusta fazer estas coisas aos outros sem nenhum propósito além do gozo deste insignificante prazer físico, às custas de mortes e tormentos?

Estes seres são menores e mais desprotegidos do que eu, mas você pode imaginar um homem racional, de sentimentos nobres, que basearia-se nestas diferenças para afirmar o direito de abusar da fraqueza ou da inferioridade de outros? Você não acha que é justamente o dever do maior, do mais forte, do superior, de proteger a criatura mais fraca ao invés de matá-la?

Eu quero agir de uma maneira nobre.

Eu me lembro da horrível época da Inquisição e eu lamento constatar que o tempo dos tribunais dos hereges ainda não terminou; que todos os dias os homens cozinham em água fervente outros seres que lhes são entregues pelas mãos de torturadores. Eu fico horrorizado ao pensar que estes homens são pessoas civilizadas, não brutos bárbaros, não nativos. Mas, apesar de tudo, eles são apenas primitivamente civilizados, primitivamente adaptados ao seu meio cultural. O europeu médio, flutuando entre idéias eruditas e belos discursos, comete todos os tipos de crueldades com um sorriso nos lábios, não porque ele seja obrigado a fazer isto mas porque ele quer fazê-lo. Não porque ele tenha perdido sua capacidade de refletir e compreender as terríveis coisas que ele está executando. Oh, não!! Apenas porque ele não quer ver os fatos. De outra maneira ele seria interrompido e aborrecido no desfrute de seus prazeres.

Considerando somente as necessidades, alguém pode, talvez, concordar com estas pessoas. Mas, será isto realmente uma necessidade? Esta tese pode ser contestada. Talvez exista algum tipo de necessidade para estas pessoas que ainda não evoluíram à personalidades conscientes.

Eu não estou pregando para eles. Eu escrevo para você, para um indivíduo ainda atento, que racionalmente controla seus impulsos, que sente-se responsável interna e externamente por seus atos, que sabe que nossa suprema corte está instalada em nossas consciências e que não há uma corte de apelação contra isto. Existe alguma necessidade que leve um homem totalmente consciente de si mesmo a respaldar uma matança? Em caso afirmativo cada indivíduo tem que ter a coragem de fazê-la com suas próprias mãos. Esta é, evidentemente, uma covardia miserável: pagar à outras pessoas para sujarem suas mãos de sangue e abster-se do horror e da consternação de fazê-lo…

Eu penso que os homens continuarão a ser mortos e torturados enquanto os animais forem mortos e torturados. Enquanto isto haverão guerras, também, porque matar precisa ser treinado e aperfeiçoado em pequenos objetos, moral e tecnicamente. Eu não vejo razão para se sentir ultrajado pelo que outros estão fazendo, nem pelos pequenos ou grandes atos de violência e crueldade. Mas, eu penso que já está mais do que na hora, de se sentir ultrajado por todos os pequenos e grandes atos de violência e crueldade que realizamos contra nós mesmos. E porque é mais fácil vencer as pequenas batalhas do que as grandes, eu penso que devemos tentar vencer primeiro nossas tendências às pequenas violências e crueldades, para evitar, ou melhor, para superá-las de forma final e definitiva. Então, o dia chegará quando será fácil lutar e superar até mesmo as grandes crueldades. Mas, nós ainda estamos adormecidos, todos nós, em hábitos e atitudes herdadas. Elas são como um molho suculento que nos ajuda a engolir nossa crueldade sem sentir seu amargo gosto.

Este é o ponto: Eu quero crescer em um mundo melhor onde uma lei maior conceda mais felicidade, em um mundo novo onde o mandamento de Deus impere: “Amai-vos uns aos outros”.”