sábado, 5 de março de 2011

Reflexões de um dia chuvoso

Em minha cidade, estamos passando por um período chuvoso. Aliás, uma chuvarada como nunca vista, estamos indo para uma semana de chuvas ininterruptas! É algo impressionante, vamos dormir com chuva e acordamos com chuva, saímos de casa com chuva, almoçamos com chuva, voltamos com chuva..., deve ser a água das geleiras, é a única explicação, pois de onde vem tanta água?

Como diz a minha avó, estamos nos tempos de Nóe.

Mas deixando as divagações de lado, vamos ao que interessa: as chuvas potencializam o problema dos animais abandonados. Conheço uma voluntária muito especial, que está com mais de 20 cães resgatados em casa, com muito trabalho e sem apoio financeiro... uma heroína dos tempos pós-modernos.  

O trabalho dessas pessoas é fundamental, mas infelizmente, é um trabalho de “enxugar gelo”. Os defensores da causa animal precisam atuar também em outras frentes. Talvez eu fale apenas mais do mesmo, mas vamos lá:

1. arroz de festa: castração. Animais doados devem ser previamente castrados. Uma quase veterinária disse que é possível castrar os filhotes, com 1 mês de vida, sem prejuízo ao desenvolvimento do animal e a sua saúde. Ou seja, com um pouco de boa vontade, o CCZ poderia castrar todos os animais para doação. Veterinários solidários, realizando a cirurgia a preços módicos uma vez por mês também ajudariam.

2. chips de identificação. Animais doados e comprados também precisam receber o chip de identificação, pois assim é possível chegar aos donos que abandonam seus animais e responsabiliza-los criminalmente.

3. responsabilização judicial dos proprietários. Abandono é crime, e alguns precisam descobrir isso. A pessoa se mudou e abandonou e animal? É claro que vamos resgatá-lo, mas não podemos deixar barato, se for possível identificar a pessoa, cabe ação criminal contra ela!!

São medidas que o poder público pode colocar em prática, simples, que exigem apenas boa vontade e organização, pois é preciso um cadastro atualizado dos proprietários, além do fornecimento do chip, o que pode ser feito gratuitamente pelas prefeituras. Representa um gasto inicial, mas a economia a longo prazo será maior, seja no tocante à saúde pública, seja na criação de uma cultura de responsabilidade entre os guardiões dos animais.

Fonte da imagem: http://www.maedecachorro.com.br/2010_04_01_archive.html#axzz1FlPGhukc 

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