segunda-feira, 30 de março de 2009

Semana passada eu assisti um documentário sobre elefantes, emocionante e incrível, por mostrar o quanto de “humanidade” existe nos animais, e o quanto de “animalidade” domina o ser “humano”.

Os elefantes são animais afetivos e extremamente familiares. E tem memória de elefante. Eles visitam os locais em que seus entes queridos morreram, velam seu corpo e visitam sua ossada.
Ficam com seqüelas psicológicas ao presenciar ações violentas contra sua família e sentem desejo de vingança. Conhecem seus agressores, e não os perdoam.

Atualmente têm sido noticiados casos de elefantes, animais que são vegetarianos e pacíficos, atacando outros animais, entre eles, seres humanos.

Foram feitos estudos sobre esse fenômeno, e as conclusões foram incríveis: os animais que praticam violência são animais traumatizados, órfãos que presenciaram o assassinato de suas mães por caçadores de marfim, animais que tiveram suas famílias dizimadas e cresceram sem a orientação e o carinho das matriarcas.

Um exemplo estudado foi o de Uganda, país africano que viveu sob a ditadura de Idi Amin de 1971 a 1979. Em Uganda, houve grande matança de elefantes, em especial dos mais velhos, que são os elementos mais importantes das manadas de elefantes. Os órfãos presenciaram e foram alvos de grande violência. Hoje, são considerados animais violentos e perigosos.

Interessante observar que as famílias de elefantes não foram as únicas vítimas, as famílias humanas também. O ditador ordenou o extermínio das etnias rivais, e o procedimento escolhido foi o mesmo usado com os elefantes: foram mortos os homens e idosos, o que gerou uma geração de órfãos criados nas ruas, que formaram gangues violentas, e uma sociedade traumatizada.

Para conhecer as maldades que aconteceram em Uganda, vale a pena assistir o filme O último rei da Escócia, de 2007.

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